Um episódio no meu caminho da auto-superação
Robin Sharma é um escritor e orador motivacional que escreve sobre temas como liderança e desenvolvimento pessoal. Esses temas sempre foram interessantes para mim. Agora, que trabalho por conta própria, estou ainda mais atenta a essas questões e procuro ir implementando, pouco a pouco, hábitos e comportamentos que ajudam a melhorar o meu desempenho. O meu objetivo, e isto confesso desde a minha consciência que sempre terei aspetos passíveis de ser melhorados, é ser a melhor versão de mim mesma, especialmente a nível profissional. Ainda não me juntei ao "clube das 5 horas", e muito teria de lutar para conseguir sair da cama ás 5 horas da madrugada (!!!), mas sim, a pouco e pouco vou adaptando algumas ideias e assumindo algumas atitudes, nesta caminhada que sempre será incompleta.
O primeiro contacto que tive com o trabalho deste autor foi através do livro "O Monge que vendeu o seu Ferrari", livro esse que adquiri numa daquelas compras por impulso numa livraria de Valência. E foi uma revelação! Recordo-me de ter feito apontamentos, e esquematizado os princípios práticos que lá vinham plasmados. São aspetos muito simples, como a prática diária de meditação, ou o saber dizer não e respeitar o próprio tempo, mas que praticados com regularidade são muito eficazes (eu não cumpro todos os princípios diariamente...ainda!).
Hoje em dia, sigo o seu canal de YouTube e vou ouvindo as suas lições. Na semana passada, e inspirada nesta caminhada para a genialidade, decidi reduzir as inúmeras decisões com pouca importância, que se tomam diariamente, de modo a que o cérebro fique livre para se concentrar nas questões realmente importantes. A intenção era boa e eu estava motivada!
Logo no primeiro dia, tive de ir a Braga e passar lá a hora do almoço, pelo que fui ao Braga Parque, ao WokToWalk que adoro e muito orgulhosa de mim mesma decidi - ao invés de criar uma das minhas combinações improváveis - escolher diretamente a primeira das sugestões deles. Estava algo orgulhosa de mim mesma. E correu mais ou menos assim:
Eu: Bom dia. Queria um Best Seller, por favor!
O senhor do WTW: E o molho, mantém o mesmo?
Eu: sim....
O senhor do WTW: e quer acrescentar algum topping?
Eu: pode ser caju (hum, já não está a correr tão bem)
O senhor do WTW: e para beber? vai querer algo?
Eu: água, por favor (aie......)
O senhor do WTW: fresca ou natural?
Eu: natural...
Ele: e prefere pauzinhos ou talheres?
Eu: talheres (sou uma fraude)
Quando depois fui tomar café: café curto, normal ou cheio? em chávena fria ou escaldada? com açúcar ou adoçante?
Estive quase para abandonar!!!!! Mas recordei que "a força de vontade é como um músculo que tem de ser treinado" e decidi não desistir em menos de vinte e quatro horas!
Já repararam quantas decisões tomamos por dia? É incrível!
Enquanto escrevia este episódio lembrei-me também de um outro recheado de questões: na minha primeira viagem a Milão, num fim de semana de amigas, estava eu com o meu livrinho Guia de Conversação Espanhol-Italiano (a ensaiar a frase) na fila do comboio, e quando chegou a nossa vez, digo eu muito confiante (e já com o livro no bolso): dois bilhetes de ida e volta para o Lago do Cuomo, por favor (em italiano, pois). E logo em seguida ouvi: ida e volta para o mesmo dia? E querem ir já ou só no seguinte? E a volta, é no último comboio do dia? Ou preferem passe para dois dias? ......un momento per favore dizia eu enquanto tirava atabalhoadamente o livrinho do bolso e o folheava desesperada...isto acontece-me pela vontade de aprender um idioma em dois dias! Foi memorável essa viagem, não só por esse episódio mas também porque perdemos o avião de regresso devido a uma avaria de última hora do comboio e o regional deixou-nos nume terra na qual só haviam autocarros para o aeroporto de hora a hora...pelo que chegamos um minuto tarde....e tivémos de comprar novos bilhetes, para Alicante (já não haviam mais voos para Valência naquele dia). Chegadas a Alicante, cinco horas depois, o autocarro que nos levaria ao centro da cidade avariou e tivemos mais uma hora de espera numa paragem que tinha um cartaz a dizer "el bus, la mejor opción". Devido à hora tardia de chegada ao centro de Alicante, saímos do autocarro na base da Avenida principal da cidade e subir o íngreme (muito íngreme) trajeto, com as malas, a alta velocidade, até chegar à estação de comboios de Alicante para comprar dois bilhetes para Valência...e ouvimos um: o último comboio sai em dois minutos, não sei se chegam a tempo, a linha é a última. Voamos, literalmente, por aquela estação! Uma viagem destas por mês, no gym needed!!!
Se tiverem curiosidade, este é o canal de youtube de Robin Sharma
:)