Primeiras impressões
Fachada. O limite entre interior e exterior. Público e privado? A primeira imagem do edifício. O rosto.
Há quem defenda que a fachada deve refletir o interior, que a totalidade do edifício deve ser coerente no seu conjunto, deve revelar estrutura, composição. Há quem aborde a questão da fachada de um modo mais livre, uma pele que pode ser autónoma, descolada dos espaços interiores, eventualmente criadora, também ela, de espaços.
Neste trabalho do artista francês Zacharie Gaudrillot-Roy, a fachada foi destacada do resto do edifício, e o resultado foi um conjunto de imagens que conseguem, por si só, levantar um conjunto de questões. O que é uma fachada sem o resto do seu corpo? Aonde entramos quando passamos pela porta? A que me veio à cabeça em primeiro lugar: o que é a aparência se não houver conteúdo?