Café. Adoro café! Latte, expresso, cappuccino, frappuccino...simplesmente é um vício. O meu vício! Custa-me admitir que o é, sempre numa vã tentativa de renúncia à sensação de dependência que vem associada à palavra vício. Prefiro dizer que é um prazer ao qual eu não me nego! E adoro, geralmente, o que vem vinculado ao café: a companhia, o cheirinho dos grãos recém moídos (ou, na falta disso, o cheirinho que sai da cápsula...sim, eu posso perfeitamente farejar cápsulas de café!)...e acaba por ser um ponto de referência em qualquer viagem! São inúmeras as minhas fotos de cafés com um guia da cidade ao lado da chávena.
Recordo-me perfeitamente do elegante Cappuccino tomado nas Galerias Vittorio Emanuele, em chávena de porcelana, com a minha amiga Zuzana; do expresso ao pé da Ópera de Viena com os meus amigos Rui e Paula (com o Apple Strudel a acompanhar); do café caríssimo do aeroporto de Amsterdão ou da saga desesperada por um café expresso na Georgia, onde só serviam Turkish Coffe...e do final feliz, com a descoberta de uma das minhas variantes favoritas: Caramel Cappuccino! Aquela pequena bomba de calorias que me aqueceu os dias naquele então!
(sim, há cafés inesquecíveis)
Talvez daí, do associar de cafés a culturas, ou a experiências, e por me ativar memórias, me vem o gosto por explorar estes espaços. E confesso que quando entro num café/bar pouco cuidado (atenção, pode ser low cost, não pode é ser descuidado), fico com um certo sentimento de desconsolo. Que falta de respeito para com esta bebida!
No entanto, sempre que vejo um espaço aconchegante como o café em si, há uma vontade (dupla) de lá entrar. E quando esses espaços são flexíveis a ponto de convidar ao encontro entre amigos, ou a lá passar uma tarde de trabalho, perfeito!E para mim, por tudo o que já disse e muito mais, o Clock Tower Caffe, situado na Piazza Square em Batumi, terá sempre um lugar no meu coração!
Porque aqui, nestas mesas, passei horas de convívio, de amizade, de trabalho, de proteção contra o frio que se fazia sentir no exterior, de escape ao stress...até de algum romance...
E, neste caso, mais do que o espaço, ainda que muito bem desenhado, com a sua estante de livros gigante, predomina o ambiente, pois não é em qualquer lugar que, assim que entro, mudam a música para Bossa Nova só para que possa ouvir o meu idioma nativo.
E não é em qualquer espaço que me fazem descontos só porque sou a "arquiteta da torre"...convenhamos, tal como andam as coisas aqui por estes países "de primeiro mundo", é mais provável que, ao saber que sou arquiteta, me peçam para efetuar um pré-pagamento!
...não seria justa se não confessasse que foi aqui que aprendi a gostar do Extra Dry Martini também...mas aqui não me vou alargar, pois seria fugir ao tema! ;)