The Countryard House
Se há algo de que nós, arquitetos, gostamos, é de um bom desafio! Quando o desenvolvimento de um determinado projeto exige de nós o ultrapassar de uma série de condicionantes - sejam elas técnicas, formais ou conceptuais -, com vista ao desenvolvimento da solução mais correta e bem desenvolvida sob os vários aspetos de avaliação de um edifício, há como que uma pequena faísca interior. Porque são essas condicionantes que, com frequência, permitem a criação das soluções mais inovadoras, são essas condicionantes que nos obrigam a uma imersão no desenho. Esses desafios, inevitavelmente, vivem dentro de nós, e acompanham-nos muito para lá das quatro paredes do gabinete e do horário laboral. Não é por acaso que se veem tantos arquitetos sempre com o seu caderninho. É que - e agora falo por mim - quando se gosta tanto do que se faz, dissolvem-se as fronteiras entre tempo pessoal e tempo profissional. É mesmo um estilo de vida! E tem a recompensa fabulosa de ver o brilho no olhar dos nossos clientes quando lhes resolvemos os problemas.
Eu não sei se os arquitetos De Rosee SA pensam como eu (já me disseram que tenho de ser mais racional e menos emocional), mas certamente terão tido uma boa sensação quando conseguiram transformar este espaço, um antigo e pequeno armazém industrial (sem possibilidade de abrir janelas nos alçados laterais, nem aumentar a cota de cumieira), numa linda, luminosa, minimalista e moderna habitação de dois quartos.